Nova alta da Selic: Taxa está em 12,75% ao ano

Brasil está entre os países com a maior taxa de juros, após alta histórica da Taxa Selic!

Nova alta da Selic: Taxa está em 12,75% ao ano

A cada 45 dias o Copom (Cômite de Política Monetária) se reúne para avaliar a relação entre a inflação e a taxa Selic no país e, como vem ocorrendo há alguns meses, foi anunciada uma nova alta da Selic, que passou de 11,75% para 12,75% ao ano.

Para quem investe na renda fixa, como a Poupança e um CDB, por exemplo, pode se beneficiar com a Selic elevada, visto que a rentabilidade aumenta, mas para o consumidor brasileiro que precisa de crédito, como empréstimo, financiamento e cartão de crédito, a nova alta vai pesar no bolso.

Inclusive, estamos entre os países com a maior taxa de juros e a nova alta de 1 ponto percentual na Selic marcou um recorde histórico, considerando que desde 2017 não tínhamos um patamar tão elevado na taxa básica de juros da economia brasileira.

Então, seja você um investidor ou consumidor do dia-a-dia, continue conosco para saber tudo sobre o novo aumento na Taxa Selic e como fazer para se beneficiar disso, ao invés de ter que pagar mais caro!

Nova alta da Selic é histórica e preocupante

De acordo com o Banco Central (BC), a nova alta da Selic é o décimo reajuste seguido, no qual a taxa de 12,75% ao ano é considerada a mais elevada desde 2017.

A alta na taxa básica de juros da economia brasileira é justificada como uma tentativa de conter a inflação no Brasil, que está fazendo com que os preços mais caros estejam se tornando um pesadelo no orçamento das famílias brasileiras.

Assim, em decisão unânime, na última reunião do Copom, decidiu-se elevar a Selic de 11,75% para 12,75% ao ano. Mas, o novo reajuste de 1% já era esperado no mercado financeiro.

Segundo Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em março acreditava-se que essa seria a última alta na Selic prevista para 2022.

Contudo, considerando o atual cenário financeiro, as projeções apontam para um provável novo aumento na próxima reunião do Copom, que deve acontecer em junho.

Confira a seguir a evolução da taxa Selic desde 2017, conforme dados do BC:

Como vemos no gráfico acima, a Selic está quase batendo o recorde histórico de janeiro de 2017, quando a taxa estava em 13% ao ano.

Inclusive, vale destacar que a nova taxa Selic colocou o Brasil em um péssimo cenário financeiro, pois estamos na quarta posição entre 40 países ao redor do mundo com a maior taxa de juros nominais.

O estudo foi realizado pela Infinity Asset e demonstra que dentre as maiores economias mundiais, os brasileiros são um dos povos que mais pagam caro pelo crédito.

Nesse levantamento, o Brasil só ficou atrás da Argentina (47%), Rússia (14%) e Turquia (14%) e o motivo dessas altas taxas de juros é em decorrência da elevada pressão inflacionária global.

Já segundo o Banco Central do Brasil, a nova alta da Selic é influenciada principalmente por dois fatores:

  1. Aumento nos preços, ocasionado pela crise financeira gerada na pandemia e mais recentemente pelo conflito entre Rússia e Ucrânia
  2. Incerteza por parte dos investidores, que não sentem confiança em investir seu dinheiro devido as atuais regras fiscais do Brasil

Assim, a expectativa entre mais de 100 instituições bancárias no Brasil é que novos aumentos venham a acontecer em 2022, onde se espera na próxima reunião uma taxa Selic de 13,75%.

Consequências da nova alta da Selic

Se para quem investe na renda fixa pode ser bom ter a Selic em alta, para o consumidor brasileiro é péssimo

Isso porque se paga muito mais juros na hora de contratar crédito, como parcelar uma compra no cartão ou crediário, pedir um empréstimo, financiar a casa própria, entre outras modalidades de crédito.

Segundo economistas, a alta na taxa básica de juros faz com que:

  • Os bancos cobrem mais juros de seus clientes, desde a manutenção de uma conta corrente até uma linha de crédito
  • O consumo brasileiro seja afetado negativamente (pessoas começam a gastar menos), o que indiretamente diminui o PIB do país e a taxa de emprego e renda
  • A dívida pública da União aumenta (maiores taxas de juros), o que também influencia negativamente nos investimentos e parcerias comerciais, pois o país vai perdendo a credibilidade no mercado internacional

Por isso, com a nova alta da Selic, a dica do Site Notícia Oficial é buscar formas de fazer seu dinheiro render mais, ou seja:

  • É hora de economizar e investir mais (procure criar uma reserva financeira com aplicações na renda fixa)
  • Busque por bancos que lhe ofereçam menores taxas, como as contas digitais, que são 100% gratuitas na maioria dos casos
  • Ao contratar crédito, como um empréstimo, analise e compare os juros praticados (empréstimos online costumam ser mais baratos)