Não é novidade para ninguém que os juros no Brasil estão pesando cada vez mais no bolso, não é mesmo? O problema é que em momentos de crise financeira, milhares de consumidores precisam de crédito, mas fica inviável pagar tudo em dia com as taxas de juros tão altas.
Nesse sentido, os brasileiros que recorrem ao cheque especial (limite pré-aprovado que o banco libera na conta) e ao rotativo do cartão de crédito (quando paga-se apenas o mínimo da fatura) precisam ficar atentos, pois as taxas estão altas e sufocantes.
A taxa de juros do cheque especial subiu de 122,3% ao ano no mês de março para 124,5% ao ano em abril. Já em comparação ao mesmo período de 2020, também tivemos alta, considerando que os juros eram de 119,6% a.a.
Com relação ao crédito rotativo do cartão, também aumentou e é o mais caro para os consumidores brasileiros. Em março a taxa era de 334,6% a.a. e em abril passou para 335,3% ao ano. No mesmo período do ano passado, os juros do rotativo do cartão eram de 315,1% a.a.
Motivo do aumento nos juros no Brasil
Com o aumento da inflação no mercado brasileiro, o Banco Central na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu elevar a taxa básica de juros (a famosa Selic) para 3,5% ao ano.
Com isso, ter crédito no mercado ficou mais caro e é justamente essa a intenção. Aumentar a Selic é uma medida do governo para frear o consumo no país e assim influenciar a lei da oferta e demanda.
Com menos pessoas gastando, a demanda é baixa e consequentemente as empresas se obrigam a diminuir preço, para elevar novamente a oferta.
Basicamente, com a menor demanda (menos dinheiro circulando), os preços tendem a cair, reduzindo a inflação, para que os produtos e serviços fiquem mais acessíveis ao bolso do brasileiro.
Variação nos juros nas principais modalidades de crédito
Como mencionado, a taxa de juros no Brasil hoje está cara, sendo o momento de gastar menos e investir mais.
Para você ter uma ideia do quanto está pagando atualmente, mostraremos a seguir quais foram os reajustes nas taxas de juros no país. Confira!
- Limite do cheque especial: aumentou de 122,3% para 124,5% ao ano
- Rotativo do cartão: alta de 334,6% para 335,3% ao ano
- Parcelamento do cartão de crédito: diminuiu de 167,6% para 165,7% ao ano
- Empréstimo pessoal: subiu de 87,3% para 88,3% ao ano
- Crédito consignado: aumentou de 18,9% para 19,4% ao ano
- Compra de veículos: cresceu de 20,6% para 21,3% ao ano
- Financiamento de imóveis: caiu de 6,9% para 6,7% ao ano
Como se pode observar, apenas o parcelamento do cartão de crédito e o financiamento imobiliário que tiveram uma redução na taxa de juros.
Por isso, contratar os demais tipos de crédito não é uma boa ideia, pois os juros estão altos.
Além disso, a dica dos especialistas é moderar o uso do cartão de crédito nos próximos meses, para não entrar no crédito rotativo.
E, no caso de precisar de dinheiro extra para organizar sua vida financeira, pesquise as melhores taxas e condições no mercado, pois dependendo do caso, é mais vantajoso contratar um empréstimo do que pagar pelo cheque especial.