Como medida de tentar frear a inflação no país, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou um novo reajuste na Selic, a taxa básica da economia brasileira, ou seja, quem determina os juros para consumidores e investidores.
Assim, com o novo aumento, a Selic passa de 9,25% ao ano para 10,75% ao ano, o que representa uma alta de 1,5 pontos percentuais. Assim, para quem usa o cheque especial, parcela no cartão de crédito, solicita empréstimo, pretende aprovar um financiamento ou tem crediário, é esperado que essa alta pese no bolso.
Entretanto, para os investidores a alta da taxa Selic pode ser favorável, principalmente nos investimentos em renda fixa, que tem sua remuneração atrelada a essa taxa de juros.
Então, continue conosco neste guia especial do Notícia Oficial para saber todos os detalhes da nova taxa Selic e como ela irá impactar as suas finanças!
Novo aumento da Selic para 10,75% ao ano
Devido ao constante aumento nos preços do combustível, conta de luz e alimentação, o Copom decidiu pela oitava vez seguida elevar a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), que agora está em 10,75% ao ano. O percentual de dois dígitos volta à tona após quatro anos ficando estável em um dígito.
Segundo o Banco Central (BC), o aumento na Selic se fez necessário e urgente, visto que somente elevando a taxa básica de juros que se conseguirá diminuir a inflação no país, que atualmente está em 10,06% ao ano (maior índice desde o ano de 2015).
A sequência de altas nessa taxa de juros tão importante para o brasileiro é uma medida para reduzir os preços no dia-a-dia.
Isso porque quando a Selic está elevada o crédito fica caro e, consequentemente, a tendência é que as pessoas gastem menos dinheiro, reduzindo o consumo.
Uma vez que a população gasta menos, o mercado obriga-se a baixar os preços, justamente pela lei da oferta e demanda, ou seja, menor a procura, menor o valor.
Impacto do novo aumento da Selic para os brasileiros
A alta da Selic pode ser positiva para uns e negativa para outros, momentaneamente. Contudo, em longo prazo todos saem ganhando, seja tendo melhores rendimentos em suas aplicações financeiras ou economizando nos preços quando a inflação se obrigar a cair.
Via regra geral, para os consumidores, com a Selic em 10,75% ao ano, agora é a hora de evitar ao máximo pedir crédito no mercado.
Por exemplo, ao usar o cartão de crédito, não deixe de pagar a fatura mensal e evite entrar nos juros do crédito rotativo, pois com certeza esses ficarão elevados.
Tem planos para conquistar a casa ou veículo próprio em 2022 e vai precisar de um financiamento? Tente “pisar no freio”, para esperar os juros baixarem.
Apertou o orçamento e vai precisar de dinheiro? Busque formas alternativas de renda extra, para não ter que pedir um empréstimo, pois com o novo aumento da Selic as taxas de juros irão aumentar.
Enfim, neste momento com a Selic em alta a dica é reduzir custos e evitar ao máximo pedir crédito no mercado, principalmente evitando as compras em carnês e cartões de loja, cheque especial, empréstimos e etc.
Porém, nem tudo é perdido, visto que para quem investe dinheiro essa alta na Selic pode ser muito boa, pois aumentará seus ganhos.
De modo geral, quem aplica na renda fixa terá uma maior remuneração com a taxa Selic elevada, visto que a rentabilidade aumenta conforme essa taxa de juros sobe.
Então, saiba que o novo reajuste na Selic é a única solução para ter controle dos preços novamente e mesmo que neste primeiro momento os juros altos encareçam a concessão de crédito, é uma medida necessária.
Por isso, a nossa dica é que você aproveite essa alta da Selic para economizar, reduzir o consumo e use o dinheiro para poupar e investir!