Finanças pessoais – que tipo de crédito usar em cada situação

Crédito é para melhorar sua vida, nunca para comprometer suas finanças pessoais! Então, veja aqui quais são os tipos de crédito e quando utilizar cada um!

moça sentada em frente ao notebook com uma planilha de resultados

Não é novidade para ninguém que a população brasileira não tem um bom controle sobre nossas finanças pessoais, não é mesmo? Segundo uma pesquisa do SPC, aproximadamente 80% dos brasileiros não faz a mínima ideia de como controlar seus gastos. O problema disso é que se aumentam as chances de endividamento e aí, é só “ladeira a baixo…”.

Mas, quem pensa que essa situação é um problema apenas dos assalariados, engana-se! Essa mesma pesquisa mostrou que o pouco conhecimento financeiro e a falta de controle sobre o dinheiro é comum à maioria dos brasileiros, independentemente do nível social, ou seja, quem ganha mais também não é exemplo nas finanças.

Nesse sentido, a principal dificuldade para organizar a vida financeira é justamente a falta de controle de gastos e ganhos (39% dos casos). Isso significa que, na maioria das vezes, o brasileiro não avalia seu orçamento antes de comprar algo, ou seja, o famoso “gastar mais do que podemos”.

E a facilidade de conseguir crédito hoje em dia tem agravado esse problema, afinal, o crédito é o meio que permite a compra de mercadorias, serviços e até mesmo a obtenção de importância em dinheiro para pagamento futuro, sem que precisemos nos preocupar com o momento presente.

Então, como ter uma vida financeira saudável podendo utilizar das opções de crédito disponíveis no mercado? Bom, a solução é usar do jeito certo, isto é, com consciência e planejamento financeiro. Por isso, preparamos este guia com as opções mais comuns de crédito, para que você conheça melhor cada uma delas e saiba exatamente o momento adequado de usar cada tipo sem comprometer suas finanças! Vamos lá?!

Cheque especial nas finanças pessoais

Para quem não entende muito bem o que é cheque especial, saiba que estamos falando de uma linha de crédito pré-aprovado para quem tem conta corrente. Assim, se a sua conta ficar devedora (negativa), automaticamente você entra nesse limite do cheque especial e paga os juros sobre o valor negativo.

O limite do cheque especial foi criado pensando em ser uma alternativa para atender à emergências ou imprevistos financeiros, entretanto, não é assim que é utilizado no Brasil, na maioria dos casos. 

Rotineiramente, o cheque especial é usado como uma opção de “dinheiro extra” para aliviar as finanças pessoais do mês, especialmente quando o salário não dá conta de todas as despesas. 

O grande problema de pegar esse tipo de crédito emprestado é que seus juros são elevados. A taxa de juros mensal é próxima a 10%.

Dessa forma, se você pegar R$300,00 no cheque especial, no próximo mês deverá pagar algo em torno de R$330,00.

Pode parecer pouca coisa, mas para quem vive com um salário mínimo, R$30,00 faz grande diferença no orçamento mensal.

Mas, quando usar o cheque especial?

Usar o limite do cheque especial pode ser uma boa opção quando se tem despesas de emergência em curto prazo.

Por exemplo, caso precise comprar a bateria do seu carro que parou de funcionar ou se você não tem dinheiro para um gasto essencial (como ir ao supermercado) e sabe que seu salário vai cair na sua conta nos próximos dias. 

Cartão de crédito no orçamento familiar e nas finanças pessoais

O cartão de crédito é o mais usado quando o assunto é pegar dinheiro emprestado, mas também o maior vilão do orçamento dos brasileiros…

Isso porque a facilidade em ter um cartão hoje em dia é enorme, principalmente após a entrada dos bancos digitais no mercado.

Estamos falando de um meio de pagamento atrelado a uma linha de crédito pré-aprovado, que possibilita comprar produtos e serviços à vista ou parcelado.

No caso dos parcelamentos, há condições especiais para o pagamento, deixando assim o cartão de crédito ainda mais atrativo, como parcelar em 12x.

O perigo mora justamente aí, pois o brasileiro perde o controle sobre suas finanças pessoais, caindo no famoso rotativo do cartão de crédito, com juros mensais de até 15%.

A dica para não se endividar é controlar gastos com cartão de crédito, assim como efetuar o pagamento do valor total da fatura.

Isso evitará que você pague os juros altíssimos, que são mais elevados que os de outras linhas de crédito, como o crédito pessoal e o crédito consignado, por exemplo.

Então, quando usar o cartão de crédito?

O segredo do bom uso do cartão de crédito no orçamento mensal é como um recurso para comprar produtos ou serviços de valor mais elevado.

Por exemplo, para comprar uma televisão nova se a sua estragou, para comprar material para a reforma da casa que não pode ser mais adiada, enfim. 

Jamais use o cartão para gastos do dia-a-dia, como nas compras do supermercado ou comprar roupas.

Além disso, aproveite a “data boa” do seu cartão para comprar. Normalmente, essa data é o dia em que chega a fatura do cartão, ou seja, alguns dias antes do vencimento. 

Se você fizer uma compra com seu cartão nessa mesma data, provavelmente vai ter mais de 30 dias para pagar.

Crédito consignado nas finanças pessoais

A contratação de empréstimo consignado está em alta entre os brasileiros e embora tenha muitas vantagens frente ao empréstimo pessoal, ainda assim é preciso planejamento.

Basicamente, essa alternativa funciona como um empréstimo em que as parcelas são debitadas diretamente do seu salário.

Mas, muita atenção, pois antes de optar pelo crédito consignado, veja o valor das parcelas realmente caberão em seu orçamento.

Quando usar o empréstimo consignado?

O crédito consignado é uma opção interessante para quem precisa de dinheiro rápido, com taxas mais baixas e com um maior prazo para pagar.

Por isso, é indicado para momentos em que se deseja programar uma viagem, mas o dinheiro das férias não é suficiente, ou aproveitar para renegociar uma dívida e por as finanças em dia, enfim. 

Financiamento

Os financiamentos são linhas de crédito em que se define, na assinatura do contrato, o bem ou o serviço que está sendo adquirido. 

Inclusive, o próprio bem serve como garantia de pagamento, ou seja, se você atrasar as parcelas, o bem pode ir a leilão.

Assim, para não comprometer suas finanças pessoais, analise bem as condições do contrato e sempre procurar a instituição que ofereça a menor taxa de juros. 

Mas, quando aderir a um financiamento?

O financiamento é uma boa alternativa para a compra de bens de valores mais altos, como um apartamento ou automóvel, por exemplo.

Portanto, agora você já conhece mais sobre as principais opções de crédito disponíveis no mercado, não é mesmo?

Mas, lembre-se que mesmo existindo tantas ofertas e oportunidades de consumo ao nosso redor, dependendo o caso, é necessário resistir. 

Não é proibido usar nenhum desses créditos em sua vida financeira, pois tudo depende da forma como você lida com esse empréstimo. 

Para consumir sem se enrolar em dívidas é preciso planejamento financeiro e consciência! Levando isso como regra, você pode consumir melhor e sempre!