Após a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o órgão anunciou um novo aumento da taxa Selic, onde a taxa básica de juros da economia brasileira passou de 6,25% para 7,75% ao ano, sendo a sexta alta seguida.
Com esse novo aumento, a Selic registra sua maior alta desde outubro de 2017. Inclusive, a alta foi expressiva, pois a decisão elevou 1,5 pontos percentuais de uma única vez, tudo para tentar combater a inflação no país.
Ainda no comunicado oficial, o Copom frisou que:
- Foi preciso um novo aumento da Selic para diminuir os impactos da inflação na vida dos brasileiros, que continua a aumentar, mesmo com medidas sendo tomadas
- É de se esperar que na próxima reunião, em dezembro, a Selic suba outra vez
- A tentativa de furar o teto de gastos pode aumentar cada vez mais a inflação no país
Lembrando que com o aumento da Selic, há um impacto direto na vida dos brasileiros. Para os investidores de renda fixa é ótimo, pois aumenta a rentabilidade, mas para o consumidor que pede crédito no mercado é ruim, pois os juros aumentam.
Aumentos da taxa Selic em 2021
Quem acompanha as estatísticas sobre a economia brasileira, sabe que a Selic este ano sofreu grandes reajustes, um atrás do outro.
Em março deste ano, a Selic estava em 2%, agora em outubro está em 7,75% e a expectativa é que fechemos dezembro com ela próximo a 8,75% ao ano.
Além disso, de acordo com o próprio Copom, o cenário é que em 2022 a Selic continue a aumentar, sendo esperado 9,50% até o final do próximo ano.
Segundo projeções financeiras, somente em 2023 teremos uma queda na taxa Selic, ficando próximo a 7% ao ano.
Motivos para o aumento da taxa Selic
O último aumento da Selic foi baseado principalmente pelo pronunciamento do Ministro da Economia Paulo Guedes, que admitiu “furar” o teto de gastos do governo federal.
Segundo Guedes, as mudanças no teto de gastos da União estão relacionadas à reformulação do Programa Social Bolsa Família, que agora se chama Auxílio Brasil.
Com isso, o Banco Central se vê obrigado a aumentar a taxa básica de juros da economia, para tentar controlar a inflação no país.
Consequências da alta da Selic
- Aumento dos juros na concessão de crédito, o que gera taxas bancárias mais elevadas em empréstimos, financiamentos, crédito rotativo do cartão de crédito, cheque especial e etc.
- Aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que também impacta a vida dos brasileiros que solicitam crédito no mercado
- Impacto negativo no consumo dos brasileiros, influenciando indiretamente também o PIB, a geração de empregos e a renda familiar
- Aumento da dívida pública, pois com a Selic em alta, os juros são mais elevados
- Maior rentabilidade na renda fixa, como poupança, CDB, Tesouro Direto e etc.