Gostando ou não, teremos novo aumento na conta de luz a partir de amanhã (01 de setembro). A notícia foi dada pela Aneel, que informou a criação de uma nova bandeira tarifária, que será conhecida como bandeira de escassez hídrica.

Segundo a Aneel, a nova bandeira passará a cobrar R$14,20 a cada 100 kWh consumidos. A princípio, estará valendo até o ano que vem, mais precisamente até a data de 30/04/2022.

Com isso, estima-se que a luz fique cerca de 49,6% mais cara para os consumidores brasileiros, o que representa uma alta de R$4,71 na conta, em comparação a atual bandeira vermelha nível 2 (taxa de R$9,49 a cada 100 kWh consumidos).

Nova bandeira tarifária e o aumento na conta de luz

Até o último dia de agosto, os brasileiros estavam pagando suas contas de luz com a taxa extra da bandeira vermelha patamar 2.

Essa bandeira havia entrado em funcionamento no mês de junho e já havia causado uma alta de 52% na conta de energia para as famílias brasileiras.

No entanto, a partir de setembro entra em vigor a bandeira de emergência, que representa a atual situação de escassez hídrica, afinal, o Brasil vive a pior crise hídrica nos últimos 90 anos.

O motivo da criação da nova bandeira é que, segundo o governo, a taxa da bandeira vermelha patamar 2 não estava cobrindo os custos de geração de energia, ocasionando um déficit de mais de R$5 bilhões.

Como funcionam as bandeiras tarifárias

Milhares de brasileiros não fazem a mínima ideia de como funciona a bandeira tarifária na conta de energia elétrica, mas é importante entender o processo.

Basicamente, essas bandeiras variam de acordo com a atual situação climática, ou seja, quando os reservatórios de água estão cheios, pagamos pela bandeira verde, e quando estamos com escassez de água, pagamos pelas bandeiras vermelhas.

Por isso, quanto mais difícil e caro ficar a geração de energia, maior será a taxa extra na cobrança da conta mensal.

Situação de emergência no Brasil

A nova bandeira tarifária criada representa a enorme dificuldade de produção de energia elétrica no país e deve valer até o ano que vem, ou seja, nos períodos onde os reservatórios costumam baixar o nível de água.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a nova bandeira causará um aumento de 6,78% na tarifa média dos consumidores residenciais.

Confira a seguir a diferença de valores entre a atual bandeira e a nova, considerando um consumo médio de 100 kWh consumidos:

Agosto

R$60,00 (consumo médio) + taxa de R$9,49 (bandeira vermelha patamar 2), o que equivale a R$69,49

Setembro

R$60,00 (consumo médio) + taxa de R$14,20 (bandeira de escassez hídrica), equivalendo a R$74,20

Parece pouco, mas no orçamento da maioria das famílias brasileiras é muita diferença, até porque o consumo médio mensal é muito maior que 100 kWh na maioria das residências.

Programa para estimular o consumo consciente

Embora a nova bandeira tarifária represente um grande aumento na conta de luz, saiba que será possível conseguir um bom desconto.

A Creg (Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética) criou um programa para estimular os brasileiros a racionarem energia e consequentemente economizarem.

A iniciativa entra em vigor também em setembro, no qual está previsto um bônus de R$50,00 a cada 100 kWh economizados na conta de luz.

Vale destacar que os brasileiros de baixa renda que já contam com a tarifa social na conta de luz também poderão se beneficiar do programa.

A participação da sua residência é voluntária, mas saiba que dá para economizar bastante na conta de luz fazendo um esforço para diminuir o consumo!