De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), popularmente conhecido como “inflação do aluguel” subiu novamente no mês de julho de 2021 (0,78%), um avanço de 0,6% em comparação ao mês de junho.
Com isso, a alta no valor do aluguel já acumula 15,98% este ano e 33,83% nos últimos 12 meses. No ano passado, no mês de julho, o índice registrava um aumento de 2,23% e um total de 9,27% em 12 meses.
Assim, com os resultados divulgados, fica claro o que os brasileiros já veem percebendo na prática: o preço do aluguel está cada vez mais caro! E isso impacta não só quem aluga imóveis para morar, mas também quem trabalha no ramo.
Aumento na inflação do aluguel
Segundo André Braz, coordenador dos Índices de Preços da FGV, o aluguel mais caro no Brasil é influenciado por diversos fatores de mercado e neste mês, o impacto foi devido a exportações e os preços das rações.
Nesse sentido, os atuais efeitos sazonais elevaram o preço do:
- Minério de ferro (ações da Vale estão em alta, inclusive): alta de 2,70% após uma baixa de -3,04% no mês de junho
- Adubo ou fertilizante: passou de 5,70% em junho para 14,28% em julho
- Leite in natura: baixou de 6,20% para 5,74% em julho, mas ainda assim continua em alta
No dia-a-dia das famílias brasileiras, as altas no preço do gás de cozinha e na tarifa de energia elétrica (conta de luz) foram os fatores que mais impactaram no reajuste no valor do aluguel.
IGP-M: Referência no valor do aluguel no Brasil
Conforme mencionado, o IGP-M é o índice que serve como referência na hora de reajustar contratos no país, entre eles os de aluguel de imóveis residenciais.
Esse índice leva em conta tanto a variação dos preços ao consumidor quanto os custos com produtos primários, matéria-prima e insumos utilizados na área da construção civil.
Desde o ano passado, a inflação do aluguel não para de subir, inclusive tendo aumento acima da inflação aqui no Brasil.
Nos últimos 12 meses, o IGP-M registrou alta acumulada de 33,83%, enquanto que o IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo) teve uma alta de 8,35% no mesmo período.
Cabe destacar que o IPCA tem uma influência de 60% na composição da inflação do aluguel e como esse índice está em alta, automaticamente, o preço do aluguel também aumenta.
Solução para o valor do aluguel 2021
Segundo o Secovi/SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), a dica no atual momento em que o aluguel está mais caro no Brasil é justamente tentar manter o reajuste sob controle.
É preciso que tanto os proprietários de imóveis quanto os inquilinos saibam ser flexíveis e negociar o valor do aluguel, afinal, ambos saem perdendo com isso.
Na prática, se o inquilino é um bom pagador, o proprietário pode buscar formas de suavizar a alta do aluguel, seja pagando por conta própria o IPTU ou até o condomínio.
Com isso, os custos com a locação diminuirão e o inquilino não se sentirá “obrigado” a procurar outro imóvel mais em conta, deixando de locar a residência.