O presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) nesta segunda-feira (26 de julho), em entrevista à rádio Arapuan (PB) anunciou novamente que o preço do gás de cozinha praticado aqui no Brasil está alto e a “culpa” é dos governos estaduais e da alta lucratividade dos revendedores.
De acordo com a fala do presidente, os consumidores brasileiros deveriam estar pagando entre R$60,00 e R$70,00 no máximo, no botijão de gás. No entanto, sabemos que o atual valor de mercado é bem maior.
Ainda segundo Bolsonaro, o alto preço do gás pode ser justificado pela alta carga tributária dos estados brasileiros, tanto com relação aos impostos cobrados (ICMS, por exemplo), quanto pelo valor elevado em preços de produtos essenciais que acabam indiretamente influenciando no preço do gás de cozinha.
Justificativa de Bolsonaro para o preço do gás em alta
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo), em média, a composição do preço do GLP para os consumidores é a seguinte:
- 50,7%: gastos que a Petrobras tem para produzir o gás de cozinha
- 34,8%: custos com distribuidoras e revendedoras
- 14,5%: impostos (federais – PIS/Pasep e COFINS; estaduais – ICMS)
Dessa forma, segundo o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, o preço do gás de cozinha está caro devido à:
- Cobrança de ICMS dos estados
- Valor do frete do combustível
- Alta margem de lucro dos vendedores
Além disso, o presidente informou que o valor do botijão de gás GLP de 13 kg sai da Petrobras custando cerca de R$45,00, o resto do valor é tudo lucro e impostos, devido à cobrança do ICMS, custo do transporte e a margem de lucro das revendedoras.
Para finalizar, Bolsonaro ainda reafirmou que irá vetar o aumento de impostos no texto que está em discussão sobre a reforma tributária, responsabilizando o Congresso Nacional caso tenham novas cobranças de impostos.
Contudo, é importante lembrar que a proposta de Paulo Guedes, Ministro da Economia, prevê o uso da declaração do imposto de renda simplificada para pessoa física e a cobrança de tributos fiscais sobre lucros e dividendos de empresas.
Com tal medida, de acordo com estimativas da Receita Federal, teríamos um aumento de aproximadamente R$6,15 bilhões na arrecadação federal.
Por isso, o presidente afirma que não será necessário aumentar a carga tributária dos estados. Inclusive, ele ainda disse que “Se aumentar alguma coisa, eu veto aquilo que começou comigo mesmo”!
