Não está nada fácil para os brasileiros controlarem as finanças, especialmente em um momento tão crítico no mercado de trabalho, onde a taxa de desemprego no Brasil chega a quase 15% já e a projeção dos especialistas é que esse número só aumente, infelizmente.
Assim, é de se esperar para 2021 que muitas pessoas fiquem desempregadas ou até mesmo tenham seu salário reduzido em função do isolamento social criado para diminuir os impactos da pandemia do coronavírus.
Com isso, a única alternativa para enfrentar este momento tão delicado é fazer um bom uso da reserva de emergência, no caso das pessoas que conseguem juntar e/ou investir algum dinheiro no mês, justamente para se prevenirem em casos de imprevistos financeiros como esse, que abalam o nosso orçamento quando menos esperamos.
Além disso, mesmo que estejamos caminhando para um cenário mais positivo, como a maior oferta de vagas de trabalho temporárias e a movimentação da economia em função de datas comemorativas, ainda assim não sabemos por quanto tempo estaremos sobre o impacto da pandemia, ou seja, por quanto tempo o mercado de trabalho ainda ficará instável.
Então, tão importante quanto entender onde investir a reserva de emergência é saber a hora certa de usá-la e como fazer isso de forma consciente e em médio prazo.
Por essa razão, preparamos este guia completo de quando e como utilizar a sua reserva financeira para situações inesperadas, como no caso de vir a ser demitido(a) ou ter seu salário reduzido, por exemplo! Vamos conferir?!
Faça as contas para a sua reserva de emergência
De nada adianta você saber o que é reserva de emergência e até mesmo ter investimentos, se na hora de usar o valor você não tem planejamento financeiro algum, concorda?
Por isso, a primeira coisa para entender como usar sua reserva financeira com sabedoria é sentar e organizar suas finanças, isto é, colocar na ponta do lápis todo o valor que tem guardado ou investido e quais são os seus gastos mensais atualmente.
É importante listar item por item, pois somente dessa forma você conseguirá ter uma noção real sobre o seu orçamento familiar e assim ficará muito mais fácil montar a sua estratégia para sobreviver na crise.
Além disso, esse planejamento será útil para mostrar a você por quanto tempo poderá permanecer sem emprego ou tendo seus ganhos reduzidos.
Os especialistas no assunto acreditam que o ideal é ter uma reserva de emergência que consiga cobrir o seu custo de vida por um prazo de 3 a 6 meses.
E quando falamos em reserva emergência, no caso de seu dinheiro estar investido, é preciso que essa seja uma aplicação segura e de fácil liquidez.
Pois, por mais que você seja avisado(a) previamente que será demitido ou terá seu salário reduzido, alguns investimentos não dão a possibilidade de fácil resgate.
Em caso de necessidade, o seu dinheiro precisa estar disponível com rapidez, pois como sabemos, as contas não vão parar de chegar, não é mesmo?
Como usar a sua reserva financeira de emergência
Agora que você já tem claro o quanto tem de dinheiro em sua reserva de emergência e quais são seus gastos mensais (fixos e variáveis), é hora de aprender como utilizar esse dinheiro.
No caso dos brasileiros que tiveram apenas a redução do salário, o ideal é que reduzam proporcionalmente seu custo de vida.
Isso significa começar a economizar ao máximo possível, cortando gastos do orçamento, para utilizar o mínimo possível do investimento para reserva de emergência.
Já quem ficou desempregado e não tem seguro desemprego ou esse valor não é suficiente para se manter, a economia terá que ser mais intensa.
Por exemplo, repense no seu aluguel, pois talvez, no momento, seja melhor procurar um imóvel mais em conta.
Além disso, negocie seus gastos fixos com linha telefônica, TV a cabo, plano de celular e internet, tentando desconto nas mensalidades ou planos mais acessíveis.
E seu eu não tiver uma reserva financeira para situações inesperadas?
A maioria dos brasileiros não é nem um pouco organizada com as finanças e por isso, poucos são os que têm uma reserva de emergência.
Isso decorre principalmente da falta de educação financeira, pois não somos ensinados nem na infância e muito menos na juventude a lidar com nosso dinheiro.
Então, o que fazer se você for demitido ou ter sua renda reduzida e não tiver recurso nenhum guardado para se manter?
Bom, a dica nesses casos é arrumar uma forma de renda extra ou vender coisas de valor que possui.
Por exemplo, se nenhum dos chefes da casa tiver como arcar com as despesas, talvez seja a hora de vender o carro ou moto.
Assim, pelo menos por uns três meses você terá seu orçamento garantido, o que lhe dará mais tranquilidade para enfrentar esse período de transição.
E quem tem emprego, não teve a jornada reduzida, mas está com medo da crise?
Esse é o grupo de brasileiros mais privilegiado no atual momento de incertezas no mercado de trabalho.
Mas, como “o seguro morreu de velho”, é importante pensar no futuro, mesmo que no momento você não tenha esse tipo de preocupação.
Até mesmo porque, como mencionamos no início deste artigo, o cenário de trabalho para 2021 é desafiador e hora ou outra irá lhe afetar.
Assim, o ideal é aumentar o seu dinheiro, isto é, saber como fazer uma reserva de emergência render mais.
Para isso, comece primeiramente reduzindo seus custos mensais, para que sobre mais dinheiro para poupar e investir.
Então, essas foram as dicas de como incluir sua reserva de emergência em um planejamento financeiro sólido para enfrentar a crise no mercado de trabalho.
Faça um bom uso da sua reserva financeira, para que tenha mais tranquilidade para passar por este momento da melhor forma possível!