Há alguns meses está sendo anunciado um novo sistema no mercado financeiro nacional, chamado de Open Banking. Mas, você sabe o que isso significa? Tem noção do quanto ele pode impactar a sua vida?
Bom, o Open Banking no Brasil ainda é uma novidade e vai gerar bastante dúvida ainda. No entanto, quanto antes você entender o que é e como funciona melhor, pois não é só o sistema bancário que ele irá revolucionar.
Basicamente, quando esse sistema entrar em vigor, o cliente terá mais autonomia, onde será você que decidirá quando e com quais instituições bancárias deseja compartilhar seus dados financeiros.
Além disso, espera-se que com o Open Banking, mais produtos e serviços financeiros sejam disponibilizados ao cliente e o melhor, com custos menores.
Então, nós do Notícia Oficial preparamos este guia rápido para que você entenda de uma vez por todas o que é esse novo sistema e como ele funcionará, para evitar passar perrengue depois! Aproveite!
Open Banking, o que é?
O nome é complicado e assusta, mas saiba que na prática é mais simples do que você imagina. Resumidamente, o Open Banking é um conjunto de tecnologias e regras que dará mais transparência e autonomia para os clientes.
De modo geral, trata-se de um “banco aberto”, um sistema que permitirá que você pegue todas as suas informações enquanto cliente e compartilhe com o banco ou instituição financeira que quiser.
Mas, que informações serão essas? Bom, todo o seu histórico de crédito que construir ao longo dos anos no banco que era cliente, como:
- Contas pagas em dia
- Salários depositados
- Prestações em seu nome
- Empréstimos
- Perfil de gastos
- Entre outros
Porque o Open Banking no Brasil será bom?
Agora que você já entendeu mais sobre o que é Open Banking, deve estar se perguntando por qual motivo iria querer compartilhar seus dados financeiros, não é mesmo?
O principal motivo é que ao levar informações sobre sua vida financeira para outras instituições você cria concorrência no mercado.
Assim, com os clientes querendo migrar de um banco para outro, a tendência é que a oferta de produtos e serviços aumente.
Além disso, essa concorrência fará com que os bancos comecem a oferecer menores taxas, justamente para fidelizar o cliente.
Por exemplo, se você tem uma conta corrente no banco X e deseja solicitar um empréstimo, mas os juros não estão bons.
Com o Open Banking, você pode pegar todo o seu histórico como consumidor e pagador e levar para o banco Y.
Assim, o banco Y pode te dar uma taxa de juros mais baixa, fazendo com que o empréstimo fique muito mais vantajoso nessa instituição.
A verdade é que esse novo sistema será muito mais proveitoso para o cliente do que para o banco.
Ao colocar nas mãos das pessoas a possibilidade de levar seus dados para onde quiserem, o Open Banking aumenta a competitividade entre os bancos e instituições financeiras e consequentemente mais benefícios são gerados.
Mas, porque já não é assim?
Não temos essa liberdade financeira para lidar com o nosso dinheiro e histórico de crédito por um motivo bem específico: NÃO existe uma camada de tecnologia padronizada que permita aos clientes carregar seus dados de um banco para outro.
É justamente nesse ponto que o Open Banking no Brasil veio para mudar! Esse novo sistema propõe que todo o mercado financeiro tenha essa camada.
As instituições continuariam com todos os mecanismos fortes de segurança, mas agora os clientes podem escolher dividir ou levar seus dados.
Na prática, o “banco aberto” cria uma forma de instituições financeiras conversarem entre si, para que os clientes tenham mais vantagens e liberdade na hora de escolher.
Quais instituições irão participar do novo sistema?
Open Banking Brasil não será obrigatório para todos, apenas para as instituições bancárias que funcionam sobre a regulação do Banco Central, como:
- Banco do Brasil
- Bradesco
- BNDES
- Caixa Econômica Federal
- Citibank
- Credit Suisse
- Itaú
- Santander
- Entre outros
Em contraponto, algumas instituições terão adesão voluntária, tais como:
- Mercado Pago
- Nubank
- Pic Pay
- Etc.
Mas, via regra geral, quem aderir ao Open Banking terá reciprocidade, ou seja, quem participar do novo sistema terá direito a receber os dados de seus concorrentes, mas também o dever de compartilhar as informações de seus clientes, desde que esses permitam.
Quando o cliente autorizar essa troca de dados, a instituição poderá receber as informações por 12 meses. Após esse prazo, é preciso renovar a permissão novamente.
Conclusão
Embora o nome seja complicado, não precisa ter medo, pois o Open Banking veio para melhorar a sua situação financeira!
Com esse sistema mais transparente, você não ficará mais dependente apenas do banco que tem conta.
Por exemplo, se o seu banco oferece um cartão de crédito com anuidade alta e poucos benefícios e o concorrente um sem anuidade e com muito mais vantagem, ficará muito mais fácil conseguir o cartão da outra instituição.
Até o momento, pouco conseguimos fazer sem ser clientes de uma instituição, pois como essa não tem um histórico financeiro nosso, tende a não liberar o crédito.
Então, o “sistema bancário aberto” vai democratizar o acesso a produtos e serviços financeiros mais justos e baratos, para que você escolha onde deseja contratar e não porque só tem aquela opção!