Se por um lado o brasileiro luta com os preços altos devido à inflação, agora tem mais com que se preocupar, pois a taxa básica de juros subiu novamente, ou seja, a Selic está em 13,25% ao ano.
Para quem está devendo, a Selic em alta é péssima, pois os juros dos seus contratos de empréstimos, financiamentos, crediários e faturas de cartão de crédito ficam mais caros.
Contudo, para quem consegue juntar e investir dinheiro, a alta da Selic é maravilhosa, principalmente para quem procura a segurança da renda fixa.
Então, como estamos falando de dinheiro e da taxa básica de juros que regula a economia brasileira, continue a leitura e veja o que vai mudar com o novo aumento da Taxa Selic!
A Selic, taxa básica de juros, subiu e agora?
A Selic é a taxa de juros que basicamente manda na vida financeira dos brasileiros, pois é ela que muda a remuneração dos nossos investimentos na renda fixa e também controla a inflação e os preços praticados.
O Cupom é o órgão do Banco Central responsável por se reunir a cada 45 dias para analisar a Selic no mercado, tendo poder de baixar, manter ou aumentar a taxa.
Para a infelicidade de milhões de consumidores e alegria de milhares de investidores, a Selic subiu novamente, passando de 12,75% para 13,25% ao ano. Esse é o décimo primeiro (11°) aumento da Selic no Brasil de forma consecutiva.
O reajuste dessa vez ficou abaixo do que era esperado pelos especialistas financeiros, pois se acreditava que o aumento iria alcançar 13,75%.
Contudo, não é só o Brasil que está tendo que aumentar a taxa mãe da economia, pois os Estados Unidos também anunciaram um aumento de 0,75 pontos percentuais, passando de 1,50% ao ano para 1,75%.
Como a nova elevação da Selic mexe com o mercado?
Como mencionado, quando a Selic aumenta, o mercado sofre impacto direto, seja para quem está gastando ou para quem está economizando e investindo dinheiro.
A taxa Selic hoje é a maior desde o ano de 2017, mas já era esperado esse aumento, visto que a pressão inflacionária não baixou.
Para 2022 a meta de inflação no país é de 3,50% ao ano, com aumento máximo em 5,00% ao ano.
Contudo, os preços ganham cada vez mais fôlego no mercado, puxando a inflação para cima e consequentemente levando ao aumento da Selic.
Como mais de 70% dos preços praticados na economia estão em alta e com o IPCA com 12% de alta, acredita-se que a inflação até o final do ano bata na casa dos 9,00% ao ano, bem acima da meta.
Então, o Copom eleva a Selic para forçar uma diminuição na inflação, o que ainda não aconteceu.
Os resultados podem ser bons e ruins ao mesmo tempo, dependendo de como está a sua vida financeira.
Para quem tem dinheiro para investir, os CDB’s com rendimentos atrelados ao CDI se tornam cada vez mais rentáveis, podendo render mais de 11% no ano e trazer um bom lucro.
Mas, se você está endividado, saiba que é preciso cuidar do seu orçamento, para evitar atrasos nos pagamentos ou deixar de pagar, pois os juros incidentes estão altíssimos.