Não é de hoje que está caro abastecer o veículo e comprar o botijão de gás de cozinha no Brasil. Mas, desde a guerra iniciada pela Rússia contra a Ucrânia um dos maiores impactos na economia mundial e brasileira foi o preço do barril do petróleo.
Como sabemos, o preço do petróleo tem poder de mexer com toda uma cadeia econômica, pois aumenta o valor da gasolina para o consumidor, o gás de cozinha fica mais caro, o diesel aumenta de preço, o valor do litro do etanol dispara, a conta de energia elétrica sobe, enfim.
Por isso, como a alta do petróleo está cada vez mais fora de controle, o Governo Federal está estudando medidas para subsidiar em curto prazo o preço dos combustíveis, para que o aumento de preços não chegue ao bolso dos brasileiros. Confira todos os detalhes com o Notícia Oficial, seu portal de notícias financeiras em tempo real!
Estratégias do governo para combater a alta nos preços dos combustíveis
O conflito entre a Rússia e a Ucrânia está afetando diretamente a economia brasileira, no setor da agropecuária, alimentação, produção de energia, mas principalmente no preço dos combustíveis.
Do dia 03 de março até hoje dia 07, o preço do barril do petróleo passou de US$110 para mais de US$135 e esse é apenas um dos reajustes que vêm acontecendo desde a guerra entre esses dois países.
A Petrobras já anunciou que será inviável não repassar o reajuste aos consumidores brasileiros, pois segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores dos Combustíveis (Abicom), o prejuízo entre os valores praticados no Brasil e os preços no exterior já passa de 30%.
Assim, com o preço do petróleo tão caro e subindo cada dia mais, o Governo Federal decidiu pensar em medidas para que a alta nos preços não chegue ao bolso do brasileiro, pelo menos em curto prazo, já que com a pandemia o orçamento está limitado e as despesas básicas já têm pesado demais no dia-a-dia.
Até o momento, sabe-se que o presidente Jair Bolsonaro está negociando com o Congresso Nacional a criação de um subsídio emergencial para que não se tenha aumento nos valores do gás de cozinha, diesel e passagem de ônibus.
Como irá funcionar o plano de subsídio para os combustíveis
Segundo informações, a estratégia do Governo Federal é usar os dividendos da Petrobras para a criação do subsídio.
A princípio, Bolsonaro pensou em um plano de ação para os próximos três meses, onde o custo no orçamento da União ficaria abaixo de R$40 bilhões.
Na prática, o governo usaria parte desses recursos para custear o prejuízo da Petrobras, sem que seja preciso aumentar o valor final para o consumidor.
De modo geral, podemos dizer que o Brasil estaria pagando à Petrobras um valor adicional para que você não tivesse aumento nos preços do diesel, gás e transporte público.
A medida inclusive é uma das únicas soluções para que o preço do combustível não chegue a R$10, principalmente a gasolina, que está cada dia mais cara, em reflexo da cotação do dólar e do preço do barril do tipo Brent estarem em alta.
Outra estratégia que está em pauta seria o reembolso da diferença nos valores via Tesouro Nacional, uma medida que já foi aplicada pelo ex-presidente Michel Temer em 2018 durante a greve dos caminhoneiros.
É possível a criação do subsídio para os combustíveis?
De acordo com a equipe do presidente Bolsonaro, é viável pôr o subsídio em prática, pois não faltam recursos, já que atualmente se tem um recorde no pagamento de dividendos de ações da Petrobras.
Entretanto, o maior impedimento seja a Lei eleitoral, que proíbe a implementação de novos subsídios em anos eleitorais, que é o caso de 2022.
Por isso, o governo espera seguir com a criação do projeto através da Lei sobre combustíveis, que é mais flexível e garante a possibilidade de tramitação no congresso.
Mas, vale lembrar que essa é uma medida do Governo Federal em curto prazo, visto que a Petrobrás não faz reajustes nos preços há quase dois meses.
Além disso, vale lembrar que tudo precisa estar de acordo e alinhado, uma vez que a legislação das companhias abertas proíbe a Petrobras de comprar petróleo mais caro no exterior e vender o produto final com prejuízo no Brasil.
Sem contar que além do aumento de preços nos combustíveis, o conflito entre Rússia e Ucrânia também ameaça um forte desabastecimento.
Se caso os Estados Unidos realmente bloquear o mercado de petróleo russo, o preço do barril poderá passar facilmente de US$200, o que geraria um forte impacto no mercado, inclusive falta de estoque para atender a demanda mundial.
Então, acompanhe as notícias, pois logo saberemos se terá reajustes nos preços dos combustíveis ou se o governo conseguirá a aprovação do subsídio!