Nem só de inflação e alta nos preços se vive e uma notícia que chegou em boa hora foi a redução de R$0,11 no preço do combustível, tanto no litro da gasolina quanto no do diesel comercializados aqui no Brasil. O anúncio foi feito pela própria Petrobras e os novos valores passam a valer a partir desta quinta-feira (25).
Pode parecer pouca economia no valor reajustado, mas saiba que no bolso do consumidor fará a diferença. O preço médio da gasolina comum na refinaria passará a ser de R$2,59, o que representa 4,1% de economia. Já o óleo diesel, custará em média R$2,75, tendo assim uma redução de 3,8%.
A redução no preço do combustível na refinaria é influenciada pela queda no valor pago no barril de petróleo no exterior que vem acontecendo nos últimos dias. Isso porque os preços praticados aqui no Brasil variam conforme a política do mercado internacional da commodity (petróleo) e do câmbio (principalmente o dólar).
Com relação ao barril do combustível fóssil, o petróleo do tipo Brent é o que mais teve queda no preço, acumulando mais de 7% nos últimos dias. Inclusive, desde 8 de março o valor de referência pago no barril já baixou mais de 11%, principalmente por causa da nova onda de casos do coronavírus na Europa, que levou a novos “lockdowns” no exterior, gerando incertezas no mercado.
Por isso, a Petrobras se viu obrigada a diminuir o preço da gasolina e do diesel, considerando que pela primeira vez em meses o valor praticado no mercado internacional estava abaixo do praticado aqui no Brasil (o combustível brasileiro estava 5% mais caro que no exterior).
O que muda no preço do combustível na bomba?
A estatal informou que mesmo com a redução de R$0,11 no preço do combustível hoje, pode ser que o brasileiro não veja tanta diferença na conta na hora de pagar.
O motivo é simples: o preço para o consumidor final sofre o acréscimo de impostos, da mistura obrigatória de etanol e das margens de lucro das distribuidoras e postos de combustíveis. Por isso, pode ser que o valor na bomba não seja tão significativo, considerando que o preço final varia conforme os fatores citados acima.
Para os especialistas no assunto, é bem provável que o preço do combustível Petrobras nem seja repassado ao brasileiro.
Isso porque, apesar da queda expressiva de R$,011, a alta que deve chegar às bombas é maior do que a baixa anunciada.
Cabe lembrar que a gasolina já teve este ano uma alta de cerca de 46% em seu preço, ou seja, nem chega perto de compensar os 4,1% de economia nesse novo reajuste.
Mas, não podemos desanimar, pois mesmo que o reajuste no valor entre a refinaria e o praticado nos postos não faça diferença na conta ao abastecer, é um ponto positivo para o consumidor brasileiro.
Essa redução no preço do combustível no Brasil será bom para controlar a inflação, que está em alta há meses.
A inflação anual estimada no Brasil é de 4,8% até dezembro e até o momento, o preço da gasolina recuou 4,1%.
Então, mesmo que não tenhamos uma deflação (queda da inflação), ainda assim evita-se o aumento da inflação, o que com certeza é positivo.
Resumidamente, pode ser que o consumidor não economize ao abastecer, mas com certeza não se surpreenderá, por enquanto, com mais aumentos no preço do combustível.
O que fazer então com o preço hoje?
Pode ser que o preço do combustível na bomba baixe nos próximos dias, depende do estado brasileiro e principalmente dos impostos cobrados.
Mas, ainda assim, a melhor dica é economizar no dia-a-dia mesmo, isto é, diminuir o consumo do combustível, pesquisar preços e buscar ofertas.
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O mesmo vale para o gás de cozinha, pois na prática o sistema de preços funciona semelhante.
Portanto, fique de olho na bomba a partir de amanhã (quinta-feira), para ver se o preço do combustível diminuiu em seu estado ou não.
Na dúvida, mantenha-se tentando economizar ao máximo, pois a despesa com combustível é uma das que mais pesam no orçamento ao final do mês!