De acordo com dados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), aqui no Brasil temos quase 3 milhões de pessoas recebendo a aposentadoria por invalidez, sendo que a média do valor do benefício é de R$613,13.
Na prática, esse pagamento do benefício é concedido a segurados do INSS que tenham alguma doença ou tenham sofrido acidente que deixem a pessoa incapacitada de exercer suas atividades de trabalho.
No entanto, o que poucos beneficiários sabem é que o valor da aposentadoria por invalidez pode aumentar em até 25%, desde que necessite de assistência permanente de outras pessoas para viver.
Nesses casos, basta comprovar que o aposentado necessita da ajuda de terceiros durante seu dia-a-dia, seja o ajudante um familiar ou um profissional contratado exclusivamente para os afazeres diários, como se alimentar, tomar banho, cuidados de enfermaria, enfim.
Inclusive, esse adicional no benefício pode ser bem útil para cobrir as despesas extras do aposentado por invalidez, tais como gastos com remédios, materiais ortopédicos, alimentação especial, enfim, não somente com o gasto de um ajudante.
Como funciona o aumento na aposentadoria por invalidez?
Agora que você já sabe o que é aposentadoria por invalidez, é preciso esclarecer suas dúvidas com relação ao valor pago. Por isso, o primeiro passo é entender como calcular a aposentadoria por invalidez.
Via regra geral, o valor do benefício é referente a 80% das maiores contribuições durante o período em que o trabalhador descontou o INSS.
Sabendo disso, é possível aumentar em até 25% o valor que o aposentado por invalidez recebe atualmente.
Por exemplo, se você recebe um salário mínimo, ou seja, R$1.100,00, se o médico perito do INSS autorizar o bônus, seu benefício passa para R$1.375,00.
Vale lembrar que o adicional vale também para aqueles que recebem o teto máximo no valor do benefício.
Além disso, o dinheiro extra também é incorporado no pagamento do décimo terceiro salário.
No caso do aposentado vir a falecer, o valor do benefício para os dependentes volta ao básico, ou seja, sem o adicional de 25%.
Com relação aos prazos, o INSS tem 30 dias para dar um parecer sobre o pedido de aumento da aposentadoria por invalidez.
No entanto, esse prazo pode ser prorrogado por mais 30 dias e sendo assim, pode ser necessário esperar 60 dias para ter uma decisão.
Na prática, o sistema da previdência social está com uma grande demanda de serviço há anos, sendo motivo de reclamação por parte dos beneficiários, que esperam bem mais tempo do que os prazos estipulados.
Quem tem direito a esse aumento?
Segundo informações do INSS, quem tem direito ao bônus na aposentadoria por invalidez são somente os beneficiários que realmente comprovem a necessidade.
Mas, de modo geral, em algumas situações a decisão é normalmente a favor do aposentado, como:
- Alterações das faculdades mentais, com grave perturbação da vida orgânica e social, isto é, aqueles que têm dificuldades para organizar o pensamento, o raciocínio e tomar decisões na hora de realizar atividades básicas diárias e sociais;
- Amputação das pernas (em casos que seja impossível a utilização de prótese);
- Doenças que deixem o beneficiário acamado;
- Incapacidade permanente para a realização de atividades da vida diária;
- Paralisia nos dois braços ou duas pernas;
- Perca de 100% da visão;
- Perda de nove ou mais dedos das mãos;
- Perca de um braço e uma perna (quando a prótese for impossível);
- Perda de uma das mãos e de dois pés (mesmo que seja possível o uso de próteses).
Mas, claro que há muitos outros casos em que o aumento no benefício pode ser concedido, desde que se comprove a dependência permanente de outra pessoa na vida do aposentado.
Como solicitar o adicional na aposentadoria por invalidez?
Sabendo qual o valor da aposentadoria por invalidez e quanto ela poderá ficar tendo o aumento do INSS, deve estar com dúvidas sobre como fazer isso, não é mesmo?
Bom, o primeiro passo é agendar uma perícia no INSS, pois somente o médico perito pode aprovar o aumento.
Para isso, você pode acessar o site do INSS, instalar o app “Meu INSS” ou entrar em contato via telefone, pelo número 135.
Feito isso, a próxima coisa a se fazer é comparecer à perícia portando documentos pessoais e o laudo médico comprovando que o aposentado necessita de ajuda para realizar atividades básicas em seu dia.
É importante lembrar que podem haver conflitos no entendimento da necessidade e sendo assim, caso o adicional seja negado, você pode recorrer à Justiça!