Não é de hoje que o gás de cozinha preço vem preocupando os brasileiros, afinal, somente em 2020 houve dez reajustes em menos de sete meses, sendo o último em 3 de Dezembro.
Considerando que 95% da população brasileira usa diariamente este produto e que representa cerca de 8% da renda familiar daqueles que recebem um salário mínimo, esses reajustes são assustadores.
Mas, infelizmente, não há o que se fazer, e conforme a Petrobrás anunciou esta semana, o valor do produto ficará 6% mais caro para as distribuidoras.
Com relação ao valor de mercado atualmente, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), aproximadamente 46% do valor final do botijão vendido hoje corresponde aos gastos da Petrobras e os outros 54% são referentes a cadeia produtiva e impostos até chegar ao cliente.
Dessa forma, a estatal passa a cobrar por cada botijão de 13kg de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) o valor de R$35,98, reflexo da alta nos preços do petróleo no exterior.
Assim, as distribuidoras ficam liberadas para alterar sua tabela de preços a partir deste final de semana já, ou seja, o consumidor final, provavelmente, não conseguirá fugir do reajuste.
A boa notícia é que o gás de cozinha preço pode variar consideravelmente de distribuidora para distribuidora, podendo essa diferença chegar a 20%.
Então, é importante pesquisar sobre onde comprar o gás de cozinha mais barato, já que esse reajuste no valor do botijão irá pesar no bolso dos brasileiros.
O site Chama pode lhe ajudar nessa missão, uma vez que mapeia as melhores ofertas de gás de cozinha de acordo com o endereço, além de não cobrar frente e taxas extras.
O que influencia no preço do gás de cozinha?
Até chegar às distribuidoras, há todo um processo que influencia diretamente no preço do gás de cozinha GLP.
O valor de mercado do gás de cozinha é baseado na(o):
- Dinâmica de commodities em economias abertas;
- Taxa de câmbio;
- Preço de importação;
- Valor do produto praticado no exterior;
- Custos de importação, como frete, taxas portuárias e demais custos de transporte até os pontos de fornecimento.
Porque esse aumento no valor do gás tão expressivo ao longo dos meses?
Ao contrário do que muitos pensam, o preço de venda do gás de cozinha não está relacionado à inflação, visto que esses subiram muito mais que a inflação geral de mercado.
Em um balanço geral do ano de 2020, o botijão teve aumento de 5,47%, ao passo que o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) subiu apenas 2,31%.
Assim, segundo o coordenador técnico do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Rodrigo Leão, a política da Petrobras, a desvalorização da moeda real e os custos envolvidos com a logística são os principais fatores que contribuíram para o aumento do gás.
Segundo ele, o reajuste do gás de cozinha 2020 chegou a bater a marca de 16%, o que é um caos para as famílias brasileiras, considerando que se trata de um produto de uso diário.
Em grande parte, a nova política de preços da Petrobras faz toda a diferença neste cenário, pois desde que o ex-presidente Michel Temer alterou a política de preços do petróleo e seus derivados para acompanhar o mercado internacional os preços não param de aumentar.
Isso porque a formação dos preços segue o mercado internacional e em 2020, em decorrência da pandemia e da instabilidade financeira gerada, os preços no exterior também subiram no último trimestre.
Além disso, essa alta no preço do gás hoje também está associada a importação de parte do que é consumido no país.
Como as pessoas passaram a ficar mais em casa durante a pandemia, automaticamente, gastaram mais gás de cozinha e assim, foi preciso aumentar as importações, levando a um aumento no preço.
Então, o jeito é saber como economizar gás de cozinha, visto que a tendência é que aconteçam novos reajustes para os próximos meses.