Desde que começou em Janeiro de 2020, a pandemia vem causando grandes impactos na economia brasileira, fazendo com que muitos brasileiros perdessem seus empregos ou tivessem seus salários reduzidos, o comércio vive incertezas diárias devido às oscilações em abrir e fechar o atendimento ao público, a crise de saúde é uma das mais graves já vistas, o preço de tudo subiu, enfim.
Todos esses fatores quando juntos e acumulados criam uma verdadeira bomba, capaz de desestruturar um país. Não acredita? Bom, nesta segunda onda da Covid-19, os efeitos são gigantes, como:
- Aumento no número de brasileiros endividados;
- Contas em atraso aumentam todos os meses;
- A inflação nos preços de produtos e serviços crescendo cada vez mais;
- Milhões de famílias brasileiras sem renda ou com o dinheiro contado para o básico.
Essas são apenas algumas das consequências da pandemia em nossas vidas atualmente. E por mais que você não queira se preocupar com isso, é preciso entender melhor sobre o assunto, afinal, quanto mais informados estivermos, melhores decisões podemos tomar para aliviar os efeitos da pandemia em nosso orçamento familiar, concorda?
Sendo assim, neste post você verá quais são os três fatores que mais estão impactando a nossa economia no momento: Inadimplência, baixa renda e inflação!
Além disso, daremos dicas práticas de como reduzir as dívidas, aumentar os seus rendimentos mensais e como fazer o seu dinheiro chegar até o fim do mês. Vamos nessa?!
Qual é a real situação da economia brasileira em 2021?
Até o primeiro trimestre do ano, a situação financeira da maioria das famílias brasileiras não anda nada boa, considerando que o “salário” tá curto para tanta despesa que temos no orçamento mensal…
Para provar isso temos um levantamento feito pelo Banco Central, que mostra que somente em Dezembro do ano passado 31% da renda dos brasileiros estava comprometida com dívidas bancárias, um dos maiores índices já registrados desde o começo da série histórica.
E quando pensamos em dívidas bancárias, a campeã são os empréstimos de dinheiro, sendo esse um recurso que muitas famílias precisaram recorrer para injetar mais dinheiro no orçamento.
O problema é que com mais dinheiro saindo do que entrando, fica difícil pagar todas as parcelas em dia, aí altas taxas de juros são cobradas e a dívida só aumenta.
O resultado você já pode imaginar, não é mesmo? Catastrófico! Ainda segundo o Banco Central, a cada R$100,00 que o brasileiro ganha, R$31,00 está comprometido para o pagamento de empréstimos.
E isso tudo reflete na economia brasileira, pois à medida que as pessoas começam a usar mais empréstimos, o poder de consumo fica menor e o endividamento maior.
Não é atoa que o último levantamento indica que cerca de 60% das famílias brasileiras estão endividadas atualmente, ou seja, possuem contas em atraso por mais de 90 dias.
Assim, com menos dinheiro no bolso, nos obrigamos a gastar menos, logo o comércio fatura menos e paga menos impostos. Enfim, um círculo vicioso que afeta diversos setores.
Como o governo federal está ajudando a levantar a economia brasileira?
Se por um lado os brasileiros encontram-se desesperados com as consequências da pandemia este ano, por outro o governo tenta ao máximo equilibrar o orçamento familiar. Bons exemplos disso são:
- Criação do benefício Auxílio Emergencial em 2020 e as novas rodadas liberadas a partir de Abril de 2021;
- Liberação do saque do FGTS emergencial;
- Adiantamento do 13° salário;
- Entre outros.
Pode ter certeza de que tudo isso contribuiu para que a situação financeira dos brasileiros não se agravasse tanto.
Inclusive, enquanto o governo mantinha essas ações no ano passado, as taxas de endividamento e inadimplência estavam menores.
Mas, com a segunda onda da Covid-19 muitos foram pegos de surpresa, fazendo com que a pressão no orçamento mensal dos brasileiros aumentasse.
Inadimplência no Brasil é ruim, mas não é a pior
Embora as taxas de brasileiros inadimplentes tenham aumentado nos últimos meses, ainda assim estão se mantendo em nível “aceitável”.
De acordo com o Banco Central, no mês de Fevereiro deste ano a inadimplência chegou a 4,1% nos lares brasileiros e 1,6% nas empresas no país.
Esses são bons resultados, considerando que a taxa de desemprego no Brasil está em 14,2%, segundo dados do IBGE para o primeiro trimestre de 2021.
A inflação está nas alturas
Como se não bastasse o dinheiro ter diminuído na conta, os preços crescem cada dia mais e estão pesando bastante no orçamento das famílias brasileiras.
Isso porque a inflação no país está alta e com ela assim, tudo fica mais caro. Assim, os brasileiros têm reclamado do valor da conta de luz, da gasolina, do aluguel e até mesmo das compras no supermercado.
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Só o preço do aluguel cresceu cerca de 30% no último ano, de acordo com dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), graças ao IGP-M, conhecido como a inflação do aluguel.
Além disso, o IPCA (índice oficial da inflação) também está aumentando cada dia mais. No mês de março, a inflação sobre os preços no consumidor registrou uma alta de 6,1% nos últimos 12 meses.
Neste sentido, para tentar reduzir o valor das coisas, o Banco Central aumentou a taxa básica de juros (Selic) para 2,75% ao ano.
No dia-a-dia a Selic em alta será ótima, pois ajudará a baixar os preços no mercado. Contudo, para quem está endividado a notícia não é tão boa, uma vez que com o aumento da Selic, aumenta-se também os juros cobrados nas contas em atraso.
E o salário, está como?
Enquanto os preços aumentam cada dia mais, a renda do brasileiro segue em baixa. Assim, ganhar pouco e ter que gastar muito é a fórmula perfeita para o desastre nas finanças…
Segundo o IBGE, neste primeiro trimestre do ano, o rendimento salarial no Brasil fechou em R$211,4 bilhões, o que significa um montante 7% menor do que no mesmo período de 2020.
Mas, calma, pois segundo o economista Mauro Schneider, a atual situação financeira das famílias brasileiras não está pior do que no ano passado.
O que preocupa neste momento é que o orçamento do governo federal este ano não está permitindo muitas ações que ajudem as pessoas.
Por exemplo, este ano foram liberados apenas 44 bilhões para a nova rodada do auxílio emergencial, enquanto que no ano passado o valor total passou de R$320 bilhões.
Com isso, toda a economia brasileira é afetada, visto que muitas famílias estão contando apenas com o auxílio emergencial na renda do mês.
Aliás, até mesmo quem tinha alguma reserva financeira já está começando a utilizá-la para dar conta de todas as despesas do orçamento.
Então, é preciso entender que o momento é de “pisar no freio”, tentando ao máximo gastar menos no dia-a-dia, ou seja, promovendo economias em tudo, desde o uso da energia e água até na hora de ir ao supermercado!