Muitos pais evitam ou tardam em falar com seus filhos sobre dinheiro, mas saiba que o quanto antes começar a tratar a educação financeira para crianças, melhor.
Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Cambridge mostrou que aos sete anos de idade uma criança já tem formado seus hábitos financeiros. A mesma pesquisa também mostrou que os pais são os influenciadores número um no comportamento financeiro de seus filhos.
Por isso, conversar sobre dinheiro é tão importante quanto falar sobre alimentação saudável, uso do cinto de segurança, o perigo do álcool e das drogas e etc.
Mas, então, porque então esse bloqueio todo? Bom, de modo geral, a maioria dos pais, mesmo com sucesso financeiro, tem muitas dúvidas e inseguranças em como lidar com o seu próprio dinheiro.
Essa dificuldade reflete na educação financeira que dão a seus filhos… Então, saiba que até mesmo quando a criança pergunta o porquê do pai ir trabalhar ou porque não se pode comprar o brinquedo lindo da vitrine, você pode começar a explicar a importância do dinheiro em nossas vidas.
E, para lhe ajudar nessa missão, preparamos este guia com 5 dicas de finanças para introduzir na vida dos pequenos! Vamos lá?!
1- Comece o quanto antes a falar sobre educação financeira para crianças
A educação financeira para crianças não precisa ser um momento de tortura e você pode fazer isso de forma simples e fácil.
Além disso, não deixe para começar a falar em dinheiro quando seu filho for adolescente, pois ensinar sobre finanças desde cedo é muito importante.
Se você começar cedo, ao passar do tempo, os hábitos com gerenciamento do dinheiro se tornará algo natural.
Assim, seus filhos crescerão com a competência e independência que precisam para se tornarem adultos com uma vida financeira estável.
Por isso, comece ensinando de onde vem o dinheiro e suas formas, como a moeda, papel, cartão, como se pagam as coisas, quais as prioridades em um orçamento familiar, enfim.
2- Use números
Quer saber uma ótima maneira de trabalhar a educação financeira para crianças? Use números!
Os exemplos quantitativos e específicos são maravilhosos para o entendimento dos pequenos, inclusive deixando o assunto mais leve.
Por exemplo, se seu filho colocar no tesouro direto R$10,00 por mês desde seus três anos, ele terá R$702.000 reais aos sessenta e cinco anos.
Mesmo que isso não faça sentido agora, essa informação vai fazendo sentido com o crescimento e amadurecimento dele durante a vida de aprendizado financeiro.
Assim, a criança vai criando o hábito de “pesar na balança” tudo que diz respeito as suas finanças, tendo um melhor controle sobre seu dinheiro na fase adulta.
3- Não minta que você não tem dinheiro
Qual é o pai ou mãe que nunca falou ao filho que não podia comprar um chocolate ou brinquedo porque não tinha dinheiro, não é mesmo?
Essa atitude pode funcionar no momento e enquanto as crianças são pequenas, mas saiba que em longo prazo é um péssimo hábito…
As crianças estão cada dia mais espertas e assim, sabem que existem outras maneiras para pagar o doce ou comprar o que desejam.
Por isso, para não perder a confiança do seu filho e já aproveitar para ensinar a como lidar com o dinheiro, sempre seja sincero(a).
Ao invés de dizer que não tem, diga: – Não, eu não acho que deveríamos gastar dinheiro com isso agora, pois poderá te dar dor de barriga ou estragar seus dentes.
Ou quem sabe você usa a dica número 2 e explica que o dinheiro para comprar um chocolate poderá ser gasto em outra coisa, mais importante no momento.
4- Ensine seu filho a lidar com seu dinheiro
Muitos pais esperam que seus filhos criem habilidades financeiras só porque estão ganhando dinheiro, mas na prática não é bem assim…
A educação financeira para crianças começa desde pequenos e se estende pelo resto da vida de seu filho.
Por isso, você deve ensinar seu filho a ganhar o seu próprio dinheiro desde muito cedo.
Esse tipo de atitude fará com que ele não tenha dificuldades quando se tornar adulto e principalmente, minimizará as chances de ficar na dependência dos pais.
Então, primeiramente, repense a forma como dará a mesada, ou seja, não libere o valor e pronto.
Estabeleça atividades para que a criança conquiste aquele dinheiro e melhor, sempre converse sobre o uso de tal, explique que aquele valor terá que durar o mês todo, enfim.
Isso fará com que seu filho aprenda como gerenciar seu dinheiro e seus erros o ensinarão o que não se deve fazer.
Mas, qual a quantia ideal para dar a seu filho? Bom, de modo geral, você deve dar uma quantia proporcional à idade da criança, para que ela consiga fazer algo e tenha uma experiência real.
Como a mesada é para comprar coisas que não são de responsabilidade dos pais, muitas vezes, a criança precisará esperar e poupar para juntar o dinheiro que precisa.
Outra dica é fazer a criança participar das decisões financeiras da casa, especialmente na hora do planejamento financeiro familiar.
Ao receber seu salário e for pagar as contas do mês, chame a criança para analisar com você a relação ganhos e despesas.
Pode parecer pouca coisa, mas tenha a absoluta certeza que isso ensinará a seu filho muito mais que os livros de educação financeira infantil.
5- Discuta sobre hábitos de consumo
Todos sabem o quão importante é o consumo consciente, certo? Mas, e o quanto falamos ou demonstramos isso em casa?
Bom, se você quer que seu filho se torne um adulto que sabe como lidar com o dinheiro, precisa conversar com ele sobre suas escolhas financeiras desde cedo.
Essa é uma dica valiosa, especialmente nos dias de hoje, visto que vivemos em um mundo consumista, imediatista e influenciado pela mídia.
Atualmente, os programas de TV, Instagram e outras redes sociais, mostram hábitos de pessoas com realidade fora do comum e você deve mostrar a seu filho que talvez essa não seja a sua realidade e tudo bem.
Além disso, ensine-o a não fazer comparações com outras famílias, visto que cada uma tem um orçamento, prioridades e escolhas diferentes.
Vocês podem ter feito um planejamento financeiro para viajar, ao invés de trocar o carro ou reformar a cozinha, enquanto a outra família optou pelo carro do ano e se divertir em casa mesmo.
Então, ensine a seu filho que a forma como as pessoas decidem gastar seu dinheiro é muito pessoal e suas decisões nunca devem ser baseadas no impulso.
Conclusão
Portanto, este foi o nosso guia com dicas de educação financeira para crianças!
Esperamos ter lhe ajudado a perceber que pequenas atitudes hoje formarão um grande adulto amanhã!
Está comprovado! Crianças criadas em um ambiente com bom planejamento e controle financeiro, se tornam mais bem sucedidas financeiramente no futuro!
Então, não evite de falar sobre dinheiro com seu filho, pois como vimos, há diversas estratégias para abordar o assunto de forma simples e eficiente!