Recentemente, circularam nas redes sociais informações sobre um suposto pagamento de 13º salário do Bolsa Família. Essa notícia gerou muitas dúvidas e expectativas entre milhões de famílias que dependem do auxílio. Se você também viu essa informação e ficou em dúvida, este artigo vai esclarecer o que é fato e o que é boato, além de detalhar como o programa funciona atualmente.
A verdade é que a notícia sobre a parcela extra é falsa. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) já desmentiu publicamente esses rumores, confirmando que não há previsão de um pagamento de 13º para o Bolsa Família.
Então, nós do Notícia Oficial, vamos explicar como o Bolsa Família é calculado, quem tem direito e quais são as obrigações para continuar recebendo o auxílio. Confira!
O que diz o governo sobre o 13º do Bolsa Família?
O governo federal foi claro ao desmentir as notícias falsas que se espalharam rapidamente por aplicativos de mensagens e redes sociais.
Em nota oficial, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social reforçou que não existe pagamento de 13º salário para o Bolsa Família. O programa social prevê apenas o pagamento das 12 parcelas mensais ao longo do ano.
Esses boatos costumam surgir com frequência, aproveitando-se da necessidade e da esperança dos beneficiários.
Por isso, é essencial buscar informações apenas nos canais oficiais do governo, como o site do MDS, o aplicativo do Bolsa Família ou a Caixa Econômica Federal.
A confusão pode ter origem em um pagamento extra que ocorreu uma única vez, em 2019, durante o governo anterior. No entanto, essa foi uma medida pontual e não se tornou uma regra permanente do programa.
Desde que foi retomado em 2023, o Bolsa Família voltou ao seu formato original, sem a previsão de uma parcela adicional no fim do ano.
Como o valor do Bolsa Família é calculado?
O Bolsa Família foi reestruturado para garantir uma proteção mais ampla às famílias em situação de vulnerabilidade.
O valor que cada família recebe não é fixo e depende da sua composição. A estrutura atual foi desenhada para atender melhor às necessidades específicas de cada lar.
O benefício é composto por diferentes partes:
- Benefício de Renda de Cidadania: Garante um valor de R$ 142 por pessoa na família.
- Benefício Complementar: Caso a soma dos benefícios não atinja o valor mínimo de R$ 600, a família recebe um complemento para garantir esse piso. Ou seja, nenhuma família recebe menos de R$ 600.
- Benefício Primeira Infância: Para famílias com crianças de 0 a 6 anos, é pago um adicional de R$ 150 por criança.
- Benefício Variável Familiar: Famílias com gestantes, crianças ou adolescentes entre 7 e 18 anos incompletos recebem um adicional de R$ 50 por pessoa.
Com essa estrutura, o valor final pode ultrapassar os R$ 600, dependendo do número de membros e de suas idades.
Quem tem direito ao Bolsa Família e como se inscrever?
Para receber o Bolsa Família, a principal regra é que a renda por pessoa na família não ultrapasse R$ 218 por mês.
Se uma família de cinco pessoas, por exemplo, tem uma renda total de R$ 1.000, a renda por pessoa é de R$ 200, o que a torna elegível para o programa.
Além do critério da renda, é obrigatório que a família esteja inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com os dados corretos e atualizados. A inscrição no CadÚnico é a porta de entrada para o Bolsa Família e outros programas sociais.
Para se inscrever, o responsável pela família deve procurar um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou um posto de atendimento do CadÚnico em seu município, levando os documentos de identificação de todos os membros da família.
É importante lembrar que a inscrição no CadÚnico não garante a entrada imediata no programa. Todos os meses, o sistema identifica automaticamente as famílias que cumprem os requisitos para serem incluídas.
Quais são as obrigações para manter o benefício?
Para continuar recebendo o Bolsa Família, as famílias precisam cumprir algumas condicionalidades nas áreas da saúde e da educação.
Essas exigências visam garantir o acesso a direitos sociais básicos. Dentre as principais obrigações, temos:
- Na Educação: crianças e adolescentes de 4 a 17 anos devem ter frequência escolar mínima.
- Na Saúde: é necessário seguir o calendário nacional de vacinação para as crianças. Gestantes devem realizar o acompanhamento pré-natal, e crianças menores de 7 anos precisam passar por acompanhamento nutricional (peso e altura).
O cumprimento dessas regras é monitorado pelo governo, e o descumprimento pode levar a advertências, bloqueio ou até mesmo o cancelamento do benefício.
Proteja-se contra notícias falsas!
O Bolsa Família é um programa essencial para milhões de brasileiros, e informações incorretas podem causar grande confusão.
Antes de compartilhar qualquer notícia sobre o benefício, verifique se a fonte é confiável. Os canais oficiais do governo são sempre o melhor lugar para obter informações precisas.
Se você tem dúvidas sobre o seu benefício, consulte o aplicativo do Bolsa Família, o Caixa Tem ou ligue para o atendimento da Caixa (111) ou do Ministério (121). Não confie em links suspeitos ou em mensagens de redes sociais que prometem pagamentos extras sem uma confirmação oficial!